Novo emissário de paz da ONU tenta, no Egito, negociar fim da crise.
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Os bairros rebeldes de Aleppo, a grande cidade do norte da Síria, palco de uma batalha crucial entre insurgentes e forças governamentais, foram alvos de intensos bombardeios no início da manhã desta terça-feira (11).
Enquanto o conflito entra em seu 19º mês, sem que uma solução pareça ser possível, o novo emissário da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, participa de reuniões na capital egípcia.
Brahimi assumiu o cargo no dia 1º de setembro, após a renúncia de Kofi Annan, em razão da falta de apoio da comunidade internacional.
Em Aleppo, o Observatório Sírios dos Direitos Humanos (OSDH), que se baseia em uma rede de militantes e testemunhas, relatou o bombardeio durante toda a madrugada dos bairros rebeldes de Hanano, Chaar, Karm al-Mayssar e Haydriyé, no leste da cidade.
"Os rebeldes tentam entrar há três dias em Midane (centro). Ontem às 22h (16h no horário de Brasília), o Exército realizou uma operação e os afastou para o norte, na direção de Boustane al-Bacha", afirmou um habitante à AFP.
Mas "a cidade está estranhamente calma neste momento", ressaltou nesta terça-feira.
Em Aleppo, segunda maior cidade da Síria, com 2,5 milhões de habitantes, o abastecimento de água potável foi retomado, após a reparação da tubulação principal que foi destruída no fim de semana.
Contudo, a falta de água continua no noroeste da cidade, principalmente em Boustane al-Bacha, um bairro controlado pelos rebeldes.
Em todo o país, no dia seguinte à morte de 139 pessoas em meio à violência, foram relatados combates em Damasco e nas províncias de Deir Ezzor (leste) e Idleb (noroeste).
O conflito, iniciado em março de 2011 por um movimento de contestação pacífica que se militarizou com a repressão do regime, causou a morte de mais de 27 mil pessoas e obrigou milhares a fugir.
Fonte: G1
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