Traficantes da comunidade são suspeitos das mortes de oito pessoas no fim de semana
RIO – Centenas de policias do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar ocuparam na madrugada desta terça-feira a favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, com o apoio de fuzileiros navais. Parte do efetivo foi levada para a comunidade dentro de quatro blindados dos fuzileiros, que já deixaram a favela.As tropas se concentraram no fim da noite de segunda-feira no quartel do Corpo de Bombeiros de Guadalupe, de onde seguiu em comboio até a favela. Por enquanto, a PM ainda não divulgou detalhes da operação e não foram ouvidos sinais de disparos na chegada da polícia.
Traficantes da Chatuba, em Mesquita, são suspeitos das mortes de pelo menos oito pessoas no fim de semana, incluindo um grupo de seis jovens, entre 16 e 19 anos, sem antecedentes criminais. Eles desapareceram no sábado, quando foram tomar banho em uma cachoeira da região e os corpos foram encontrados na segunda-feira às margens da Via Dutra, com marcas de tiros, facadas e torturas.
Policiais prenderam Luiz Alberto Ferreira de Oliveira, de 29 anos, mas a PM não tem informações se ele participou da chacina. Os policiais foram até a casa de Luiz Alberto, na Travessa Paulo Jorge 36, para checar uma informação do disque-denúncia de que havia drogas e armas no local. Ele só permitiu a entrada da polícia com a chegada do advogado. Na casa foram apreendidos R$ 15.099 escondidos em uma lancheira infantil e 20 gramas de cocaína. Segundo os PMs, Luiz Alberto teria dito que a droga seria para consumo próprio, mas na casa havia indícios de que o local servia para o tráfico, já que foram encontrados dezenas de elásticos de dinheiro e saquinhos plásticos cortados normalmente usados para embalar sacolés de cocaína. Segundo a polícia, Luiz Alberto estava em liberdade há apenas uma semana. Ele ficou preso 27 dia depois de ter sido encontrado com munição de uso restrito.
FONTE: O Globo
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