O Presidente da ANVFEB, Gen Div Marcio Rosendo de Melo, no uso de suas atribuições, resolveu decretar, no âmbito das Associações vinculadas a ANVFEB, LUTO OFICIAL de 3 (três) dias.
O sepultamento será realizado amanhã terça-feira 11 de setembro de 2012, na parte da manhã. O horário exato e a Capela ainda não foram definidos.
O 16º. Encontro FEBiano que seria realizado amanhã terça-feira, 11 de setembro de 2012 as 15h fica adiado para nova data a ser informada, bem como a aposição das Medalhas Marechal Mascarenhas e Moraes e entrega de Certificados de Reconhecimento.
O Herói Soldado
Israel BlajbergNascido no Rio de Janeiro aos 18 de outubro de 1919, Filho de portugueses, sendo que seu pai faleceu alguns dias após a sua partida para a Itália. Atirador do Tiro de Guerra 115 de Ramos - DF da turma de 1937, formando-se como soldado reservista de 2a. Linha
Convocado e incorporado aos 31 nov 1942 ao 1.° Btl Transm - Btl Vilagran Cabrita na Vila Militar.
Incluído na FEB aos 03 jan 1944 como 3°. Sgt Mec Auto na 1ª. Cia Transm/1ª. DIE-FEB.
Embarcou para a Itália em 22 set 1944. Foi chefe da manutenção de viaturas, motores e geradores da Cia. Retornou em 14 ago 1945. Serviu na Escola de Moto mecanização, atual Es M B
1957 promovido a 2°. Ten QOE Esp 81 Moto
1963 - promovido a Cap, servindo no Parque de Material de Engenharia/RJ e Fabrica de Bonsucesso. Reserva a pedido como Major QOE Moto 81 em 29 set 1966
Membro do Cons Fiscal ANVFEB - 83-85
Diretor de Patrimônio e Diretor Tesoureiro em varias gestões
Sócio Benemérito e Conselheiro Nato desde 1966
Atual Presidente do CD, gestão do Gen Div Marcio Rosendo de Melo, 2012-2013
Principais Distinções
2004 - Diploma de Colaborador Emérito do Exercito
Cruz de Combate de 2a. Classe, por feito coletivo do seu Grupo de Mnt no cumprimento da missão de transportar materiais e equipamentos da Cia para posição mais segura, por varias horas sob fogo de artilharia e morteiros inimigos em 09 de novembro 1944.
Medalhas de Campanha, de Guerra e MMMM
Arrostando o intenso frio do inverno italiano e o fogo inimigo, o então Sgt André e seu Grupo lançavam sobre a terra gelada as linhas que garantiam as comunicações da FEB. Numa época em que a Internet e os celulares sequer eram sonhados, os poucos bravos da Cia de Transmissões do Btl de Engenharia escreveram páginas de glória da Historia Militar Contemporânea.
Lançando linhas telefônicas e estabelecendo enlaces via radio, provaram-se a altura da epopeia vivida pelo Marechal RONDON ao construir as primeiras linhas telegráficas na Hileia Amazônica, ele que mais tarde seria consagrado Patrono da Arma de Comunicações do Exercito Brasileiro.
Autor do precioso livro As Comunicações da 1ª Divisão de Infantaria Divisionária da Força Expedicionária da FEB na Itália 1944-45. HP Comunicação Editora - 2007, 575 pp onde sintetizou sua atuação nas Transmissões da FEB, a futura Arma de Comunicações a ser criada.
Louvável atuação como combatente na FEB distinguido com a Medalha Cruz de Combate de 2ª Classe, “por no cumprimento de missões de combate, com o seu Grupo de Manutenção haver transportado para posição mais segura, por várias horas sob fogo de Artilharia e Morteiros, em 9 de março de 1944, material e equipamento de sua Companhia de Comunicação.”.
Em 17 de Novembro de 2010 no Auditório da Casa da FEB foi empossado Acadêmico na Academia de Historia Militar Terrestre do Brasil, Cadeira Especial Brigadeiro João de Souza da Fonseca Costa, pronunciando a saudações Transmissões da FEB no Teatro de Operações da Itália.
Há apenas 3 dias havia aberto o Desfile de 7 de Setembro, conduzindo o Pavilhão Nacional em uma viatura histórica meia-lagarta da 1ª. DE, o que seria a sua última missão aqui neste Mundo, de uma brilhante carreira m que se dedicou com todas suas energias a Família, a Casa da FEB, ao Exército e ao Brasil. A despeito de limitações físicas, seu entusiasmo pelo trabalho na preservação da memória era fantástico.
Para nos que ficamos, sua família que tanto o amava, seus muitos admiradores e amigos, o exemplo que transmitiu ficará eternizado na memória dos que o conheciam e admiravam. Como suave consolo, sua obra certamente será perenizada, amenizando um pouco a sensível perda, para a Casa da FEB, o Exército e para o Brasil.
Parte um Grande Soldado, mas o exemplo frutificará, do trabalho ingente, dedicação aos ideais, preservação e divulgação da memória da FEB.
A melhor homenagem que lhe poderemos prestar será manter desfraldada a bandeira a qual dedicou toda a sua rica existência. Que a sua alma faça parte da corrente da vida eterna.
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