Os dois países trocaram acusações na 56ª assembléia geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O clima tenso e a falta de um acordo para o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, afastou qualquer possibilidade da realização, até o fim do ano, de uma conferência sobre o Oriente Médio sem armas nucleares. Sob ressalva, países árabes decidiram aderir ao tratado, apesar das críticas dos ocidentais.
Os 155 países membros da AIEA se reuniram em Viena, para discutir sobretudo as tensões entre Irã e Israel, alimentadas pelo impasse nuclear entre os dois países. Durante os debates, Teerã insistiu que Israel assine o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP). “Atualmente, o regime israelense é o único não-signatário do TNP no Oriente Médio, apesar de todo o apelo da comunidade internacional. “A paz e a estabilidade não serão obtidas no Oriente Médio caso o arsenal nuclear massivo deste regime continue a ameaçar a região e outros países mais distantes”, acusou o embaixador do Irã na AIEA, Ali Asghar Soltanieh. O representante iraniano declarou ainda que “o comportamento irresponsável do regime israelense coloca em xeque o estabelecimento de uma zona sem armas nucleares”. Segundo ele, o Estado de Israel é o “único obstáculo”.