"A situação no Oriente Médio está encruada há algum tempo, em grande medida pela irresolução do problema palestino", comentou, à saída de um seminário sobre política externa brasileira promovido na Câmara dos Deputados. Tanto Garcia quanto o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, criticaram duramente as Nações Unidas pela incapacidade de fazer avançar as negociações de paz no Oriente Médio. Patriota anunciou que viajará em breve ao à região em uma tentativa de "levar adiante" os esforços de paz.
Patriota também mencionou a intervenção na Líbia como causadora da violência no Mali, país vizinho onde ex-mercenários promoveram um golpe militar. Para Garcia, a morte de diplomatas americanos, inclusive do embaixador americano em Trípoli, desmentiu as análises de que a situação na Líbia estava normalizada, com a volta da produção local de petróleo. "O que estamos assistindo lá não é outra coisa que o rescaldo de uma intervenção atrapalhada", acusou. "Teve, como uma das consequências, manter um clima interno com mais de 60 grupos armados que operam lá, e outros que migraram para o Norte da África".
Para Patriota e Garcia, os eventos na Líbia e as revoltas árabes mostram que seria um erro uma intervenção armada também para solucionar a crise política na Síria. Os dois mostraram, também, a preocupação do governo brasileiro com as ameaças desestabilizadoras de ataque armado de Israel ao Irã, para interromper o programa nuclear iraniano.
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