O Parlamento da Turquia aprovou nesta quinta-feira a realização de operações militares em território sírio. A decisão é válida por um ano e autoriza tropas turcas a cruzarem a fronteira, além de abrir a possibilidade de ataques aéreos.
A posição dos parlamentares turcos chega após uma reunião de emergência do governo, que requisitou o direito de atacar a Síria em retaliação à ofensiva das tropas sírias em uma cidade de fronteira que resultou na morte de duas mulheres e três crianças.
As tropas turcas já vêm bombardeando alvos em território sírio há dois dias.
O governo turco, no entanto, disse que não pretende declarar guerra ao país vizinho.
A autorização foi aprovada por 320 votos favor e 129 contra.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve convocar uma reunião de emergência para debater o assunto, após um pedido do governo turco para que o órgão tome "ações necessárias" para interromper "agressão" síria.
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), da qual a Turquia é membro, convocou reunião de emergência e exigiu a “interrupção imediata dos atos de agressão contra um aliado”.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Europeia condenaram as ações da Síria e a Rússia, aliada ao regime do presidente Bashar al-Assad, pediu a Damasco que apresente desculpas oficiais à Turquia e manifeste que os ataques além da fronteira foram um "trágico acidente que não deve se repetir".
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