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Apoio internacional ao F-35 é mais forte hoje do que nunca, diz executivo da empresa
Segundo reportagem publicada no site Flightglobal na quinta-feira, 18 de outubro, a Lockheed Martin está no caminho de entregar um total de trinta caças F-35 para três nações ao longo deste ano de 2012. Ao mesmo tempo, a empresa aguarda o impacto potencial de uma nova rodada de cortes de despesas domésticas (dos EUA).
Steve O’Bryan, vice-presidente da Lockheed para o programa de integração e desenvolvimento de negócios do F-35, afirmou: “Estamos no ritmo para entregar 30 aeronaves neste ano, o que era nossa meta desde o início.” Essa quantidade mais do que dobra a taxa de produção do ano passado, que foi de 13 aeronaves, e deverá crescer para 35 no ano de 2013.
As atividades de testes de voo, neste ano, estão à frente do cronograma. Quanto aos voos, a taxa é de 20% à frente do planejamento e, quanto as pontos de teste, é de 15%. Os valores são maiores para a versão de decolagem curta e pouso vertical F-35B, com taxas de 40% e 20% à frente do cronograma, respectivamente. As primeiras entregas para esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC) deverão ocorrer ainda neste ano.
No último dia 16 de outubro, o avião de testes AF-1 da versão de pouso e decolagem convencionais (F-35A) lançou uma bomba JDAM GBU-31 de 908kg (2,000lb) de uma de suas baias internas de armamento. No início de agosto, um F-35B já havia lançado uma GBU-32 de 454kg. Testes de separação de mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM da Raytheon deverão ser realizados antes do final do ano.
Para a versão embarcada F-35C destinada à Marinha dos EUA (USN), destinada a operações em porta-aviões dotados de catapulta e aparelho de parada (CATOBAR), estão sendo realizadas atividades de teste com um novo gancho de parada. Já foram feitos 76 testes no solo e cinco “enganches” em voo na Estação Aeronaval de Lakehurst, em New Jersey.
Aeronaves para outros países e o crescimento do apoio internacional
O segundo de três F-35B destinados a testes para o Reino Unido, e que recebeu o indicativo BK-2, deverá voar na Base Aérea de Eglin, na Flórida, até o final deste mês*. O primeiro exemplar (BK-1) foi aceito em meados de julho. Para a Holanda, está sendo finalizada pela Lockheed Martin a papelada para entrega do primeiro F-35A da fase de desenvolvimento de sistemas e demonstração. Ambos os países deverão receber um avião adicional em 2013.
Entre os países que já encomendaram itens de maior tempo de construção (long-lead production items) para seus exemplares iniciais do F-35, estão Austrália, Israel, Japão, Itália, Noruega e Turquia. Sobre isso, O’Bryan afirmou: “Dos onze países, eu tenho nove sob contrato. O apoio internacional para o programa nunca foi tão forte quanto agora.” Espera-se que o Canadá e a Dinamarca comprometam fundos no programa nesta década.
Também para o final do ano, é esperado o resultado da competição F-X III da Coreia do Sul, onde o F-35 concorre com os caças F-15 Silent Eagle da Boeing e com o Typhoon do consórcio europeu Eurofighter. Já Cingapura, que é um participante de nível “cooperação de segurança”, deverá em breve dar seu posicionamento a respeito de planos de aquisição.
Cortes orçamentários no horizonte
Sobre o impacto de novos cortes orçamentários por parte do Congresso dos EUA, que a partir de 2 de janeiro de 2013 tirariam 500 bilhões de dólares da verba do Departamento de Defesa ao longo da próxima década, a empresa afirmou que ainda não há indicações, por parte do Governo dos EUA, sobre quais programas, instalações, tecnologias ou fornecedores poderão ser impactados com a medida.
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