O equipamento russo Rátnik (Guerrero, em português) foi apresentado pela primeira vez no Salão Aeroespacial Internacional MAKS-2011, realizado nos arredores de Moscou, e recentemente submetido a testes no exército.
O termo “soldado do futuro” refere-se ao projeto lançado pelos EUA e países da Otan no final dos anos 1990 com o objetivo de aumentar a eficácia dos combatentes aproveitando os avanços tecnológicos do século 21.
Trata-se especialmente dos sistemas de posicionamento global, dispositivos e equipamentos para identificação e detecção exata de alvos, visores noturnos, assim como nanomateriais para blindagens e próteses assistidas ou exoesqueletos.
De acordo com os planos dos fabricantes, os exoesqueletos serão armações de metal externas que vai ajudar o usuário a se mover mais rápido, superar obstáculos de altura e distância, bem como levantar ou arrastar cargas mais pesadas do que a capacidade de um soldado comum.
Outros elementos são o capacete de combate e o colete à prova de balas que podem resistir a tiros de Kalashnikov AK74 e do fuzil SVD. O traje também protege contra o fogo.
“Existe a perspectiva de comprar alguns modelos ocidentais do ‘soldado futuro’ para testá-los na Rússia”, disse o ex-ministro da Defesa russo, Anatóli Serdiukov em uma coletiva de imprensa na semana passada.
O ex-ministro se referiu principalmente ao modelo Felin, projetado na França. Alguns dos seus elementos poderiam ser utilizados no equipamento que está sendo desenvolvido pela Rússia para seu exército.
Além de Rússia e França, os EUA também desenvolve o programa (Land Warrior e Mounted Warrior) para abastecer suas tropas de infantaria com equipamentos modernos, bem como outros países da Otan, como a Alemanha (idZ), Reino Unido (FIST), Espanha (COMFUT) e Suécia (IMESS).
Resistência e força
O sistema russo inclui aproximadamente 40 itens de armamento, dispositivos de comunicação e sistemas de proteção individual contra armas de destruição em massa e armamento não letal.
O traje é feito de uma fibra de aramida, chamada Alutex e fabricado na Rússia, capaz de resistir a impactos diretos da explosão de granadas, minas ou projéteis.
Em sua versão básica, a roupa com colete à prova de balas de quinta classe de proteção irá pesar 10 quilos. Na versão máxima com o capacete, o colete da sexta classe de proteção e os elementos protetores nos ombros e pernas pesarão 20 quilos.
A roupa blindada bloqueia a radiação ultravioleta e infravermelha, tornando o soldado invisível para os visores térmicos do suposto inimigo.
O sistema de controle do equipamento Rátnik inclui dispositivos de comunicação, identificação, processamento de informação, navegação e posicionamento.
O traje inclui ainda um comunicador que determina as coordenadas do soldado usando sistemas de navegação GPS e Glonass. As informações sobre o deslocamento do soldado serão transmitidas automaticamente ao posto de comando.
O sistema de suporte de vida possui filtros para purificação de água, fontes de calor, um sistema de autoabastecimento, dispositivos de controle do estado psicofisiológico, entre outras inovações.
Em relação ao armamento, o equipamento será dotado da última versão do fuzil Kalashnikov com lançadores de granadas, mira telescópica com visão noturna e um termovisor infravermelho. Além disso, uma câmara vai permitir disparar a partir de um canto ou em um abrigo, sem que seja necessário se expor ao inimigo.
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