segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Militares brasileiros embarcam de Natal para Missão de Paz no Haiti.

Ao todo, 98 homens do Exército foram neste domingo para Porto Príncipe. Outros 554 irão deixar Natal nos próximos dias para auxiliar na Missão

                      

Noventa e sete homens e uma mulher do Exército brasileiro embarcaram da Base Aérea de Natal na manhã deste domingo (4) com destino a Porto Príncipe, no Haiti. Eles compõem o 17º contigente do Brasil no 1º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BRABAT 1). O país lidera o braço militar da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah).

O 17º contigente é formado por 652 militares de vários Batalhões espalhados pelo país. Desse total, 199 são de unidades sediadas no Rio Grande do Norte. "Essa é a maior tropa de homens que trabalham no Rio Grande do Norte. O Exército faz um revezamento de regiões e chegou a hora desse estado dar a sua contribuição maior", falou o coronel Armando Ribeiro Rocha, chefe da comunicação social do 17º contigente. Outros militares potiguares já integraram a Minustah em anos anteriores.

Segundo o coronel Ribeiro Rocha, o Comando Militar do Nordeste, por intermédio da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Natal, foi responsável por montar o batalhão. "Portanto a maioria dos militares são da região Nordeste, com maior efetivo de Natal, João Pessoa, Bayuex, Fortaleza e Teresina. Entretanto, existem militares de todas as regiões do país".

Um potiguar que vai pela primeira vez ao Haiti é o tenente Arnauld Araújo, que trabalha no 7ª Batalhão de Engenharia de Combate (BEC), em Natal. "É uma honra muito grande representar meu país e o meu estado nessa Missão de Paz, que busca manter a ordem e ajudar na recuperação daquele país", disse. A função do tenente Araújo no Haiti será de manter programas de geração de energia elétrica, purificação de água e coleta de lixo em Porto Príncipe, capital haitiana.

Enquanto a maioria desses 652 militares vai pela primeira vez ao Haiti, o major Leriche Albuquerque está indo pela terceira vez à Minustah. "Fui em 2008 e em 2010. Agora estou indo novamente e sempre uma missão é diferente da outra. Em 2008, a nossa função era mais de estabilizar o país. Em 2010, fui auxiliar o Haiti após o terremoto. E agora, vou para continuar a missão brasileira para tentar levar o progresso ao Haiti", falou o cearense que trabalha 16º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Natal.

Os 98 militares deixaram a Base Aérea de Natal no final da manhã em um Boeing 737 da Força Aérea Brasileira (FAB). O voo fará escala em Manaus e nesta segunda-feira (5) os militares seguirão para Porto Príncipe.

Os homens e mulhres que integram esse contigente iniciaram o treinamento em agosto passado em cada Organização Militar polo. Em Natal o 16º Batalhão de Infantaria Motorizada foi a organização polo com os 199 militares locais. Nas últimas duas semanas, todo o efetivo do BRABAT 1 se reuniu em Natal para realizar exercícios simulados, com situações que deverão encontrar no Haiti.

"Todos os integrantes são voluntários e passam por rigoroso processo de seleção físico e psicológico. Além do soldo que recebe no Brasil a ONU paga um salário. A previsão é de duração da missão é de seis meses, podendo ser prorrogada", concluiu o coronel Ribeiro Rocha.

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