terça-feira, 4 de setembro de 2012

Resposta a uso de armas químicas pela Síria seria rápida, diz França




Em entrevista coletiva, o presidente da França, François Hollande: “Estou aqui para expressar minha esperança”
O uso de armas químicas ou bacterianas por forças do governo na Síria provocaria uma "pesada e extremamente rápida" resposta do Ocidente, disse o ministro de Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, nesta segunda-feira (3).

"Nós conversamos sobre isso, em especial com os nossos parceiros norte-americanos e britânicos, e acompanhamos isso de perto no dia-a-dia", afirmou.

"Nossa resposta seria enorme e muito rápida", disse Fabius ao canal de televisão BFM, afirmando que armas químicas eram um "grande, grande risco" na crise síria.
O ex-premiê Laurent Fabius, novo chanceler da França, em 9 de maio em Paris (Foto: AFP)

Os governos da França e dos EUA já disseram que, apesar do impasse no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a tomada de medidas firmes para deter a repressão do Exército do presidente Bashar al Assad a um levante de 17 meses, o uso de armas químicas seria justificativa para uma intervenção militar.

A Síria reconheceu em julho que possui armas químicas e biológicas, levando o presidente dos EUA, Barack Obama, a ameaçar com "consequências enormes" se autoridades sírias sequer movessem tais armas de forma ameaçadora.

Perguntado se as potências ocidentais concordaram com a forma que a resposta ao uso de armas químicas poderia ter, Fabius disse que acredita que estariam unidos.

"A Rússia tem sido muito firme sobre este ponto e os chineses têm a mesma posição", acrescentou.

Assad, que é apoiado pelo Irã e pelo Hezbollah libanês, perdeu o controle de áreas rurais em regiões do norte, leste e sul da Síria e está utilizando helicópteros e aviões de combate para tentar dominar a oposição.

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