Sargento Áureo, de 73 anos, construiu minimuseu em sua casa de cor verde.Mesmo aposentado, militar continua trabalhando e servindo à Pátria.
“Bandeira do Brasil eu te amo!” É desta forma que o sargento aposentado Áureo Soares Leite, de 73 anos, recebeu o G1 em sua casa, na Rua Tabajara, Bairro Arigolândia em Porto Velho, para contar um pouco da história de amor dedicado ao Exército Brasileiro.
Enganado pela própria memória, o militar precisa da ajuda do filho para contar a história e relembrar as datas mais importantes da sua vida. Casado há 42 anos com Dulce Silva Leite, de 62 anos, ele tem quatro filhos e oito netos. Segundo ele, a esposa é mulher dedicada, amável, boa mãe e esposa com quem compartilha bons momentos de sua vida.
Parte da família do militar. Ao fundo, presente de
aniversário que recebeu de militares
(Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Dulce conta que seu marido só usava os uniformes de militar, mas que aos poucos conseguiu fazer com que ele começasse a vestir roupas civis. “Eu estava cansada de ver ele sempre com roupas do Exército. Aos poucos fui comprando, ele não usava, mas fui pedindo com jeitinho e ele começou a usar”, relata Dulce.
Sargento Áureo conta que por ele só usaria o uniforme que é quase uma segunda pele. “Ela não gosta que eu ande vestido sempre de militar, ela compra roupas pra eu andar vestido de civil. Mas por mim eu andava sempre assim, elegante”, conta o sargento.
Ela não gosta que eu ande vestido sempre de militar, ela compra roupas pra eu andar vestido de civil. Mas por mim eu andava sempre assim, elegante"
Áureo Soares Leite - sargento do Exército
Em 1957, o Exército da cidade de Lorena, SP, recebeu este homem que se orgulha de dedicar amor a pátria brasileira. Em 1966 ele veio para Rondônia e foi servir no 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC). Lá ficou até se aposentar. Sua inspiração é Luiz Alves Lima e Silva, o Duque de Caixas, patrono do Exército Brasileiro.
Honrarias
Sargento Áureo tem recebido muitas honrarias. Ele diz que só tem a agradecer aos generais e comandantes. "No meu aniversário em 2011, o comandante Poti, da 17ª Brigada, me fez uma surpresa. Trouxe a banda dos soldados, o bufê e mais vários amigos do Exército para me homenagear. Chorei de emoção", lembra.
A homenagem foi apenas uma das lembranças que o militar contou. Áureo Júnior relata todo orgulhoso que o pai recebeu cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras curiosos em aprender as regras de apresentação a superiores no Exército. Dentre outras honrarias, é o único que recebe as esposas dos generais. Para qualquer operação oficial que inclua o ministro do Ministério da Defesa, generais de outras localidades Áureo é sempre convidado a participar.
E por sempre ser convidado pelos comandantes para participar de cerimônias, resolveu continuar na ativa. Desta forma, há 15 anos exerce a função de Comandante da Limpeza e Jardinagem, Orientador e Incentivador dos Soldados no Hospital de Guarnição (HGu) do Exército.
O sargento se emociona ao dizer que quando criança se encantava com os desfiles dos militares em comemoração ao Dia da Independência do Brasil. “Quando tocava o Hino Nacional eu sentia aquela emoção no coração que chegava a derramar lágrimas”, relembra.
O militar mostra algumas peças do seu
minimuseu (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Presentes
Em sua casa, há um minimuseu montado com coisas que ele ganhou de colegas das forças armadas. “Tem coisas aqui que só eu tenho ninguém mais. Quando eu estava saindo do 5º BEC, eu queria guardar lembranças do tempo em que trabalhei lá, por isso resolvi montar este espaço”.
No minimusei tem medalhas, capacetes, cadeiras, cacetetes, bandeiras, quadros, fotografias, pratos, cantis, facas e facões, uma espada e uma granada. "Só não pode deixar cair esta granada ou nós explodimos também", avisa Áureo. Mas seu filho avisa que é apenas uma brincadeira dele. "A granada é uma réplica que ele ganhou de um amigo militar. Ele gosta de fazer esse tipo de brincadeira. Muitas pessoas pensam que tem armadilhas de guerra aqui em casa", explica sorrindo Áureo Júnior.
O militar aposentou-se com a patente de sargento porque estudou somente até a 4ª série do ensino fundamental. Ele conta que resolveu ser um homem de ação do Exército. Participou da abertura da BR-364 e BR-319. Trabalhou na segurança do ex-governador Jorge Teixeira e trabalhou com o primeiro comandante do 5º BEC, coronel Carlos Aloysio Weber. "Conheci muita gente, me apresentei a muitos generais e deles sempre ganhei algumas lembranças que tenho guardadas até hoje", lembra.
Incentivador
Herides Leite, neto de 14 anos, pretende seguir os passos do avó. “Ah, desde pequeno que ele me acompanhava nas formaturas, hoje ele já está pensando em seguir a carreira militar”, lembra o avô. Herides diz que sempre se envaideceu do jeito do avô. “Eu o admiro e quero fazer um pouco do que ele faz”.
Seu filho, Áureo Júnior, com quem mora, diz que sente muito orgulho do pai. “Ele é correto e isso sempre foi fonte de inspiração pra mim. Ele não cobra, mas evito fazer coisas que possam causar constrangimentos para ele”, destaca o filho.
Nas comemorações do Sete de Setembro, o sargento Áureo Soares Leite irá desfilar com o símbolo da Guarnição, mostrando porque pode ser Duque de Caxias rondoniense. "Eu amo minha pátria, a bandeira do meu país", finaliza o patriota.
“Bandeira do Brasil eu te amo!” É desta forma que o sargento aposentado Áureo Soares Leite, de 73 anos, recebeu o G1 em sua casa, na Rua Tabajara, Bairro Arigolândia em Porto Velho, para contar um pouco da história de amor dedicado ao Exército Brasileiro.
Enganado pela própria memória, o militar precisa da ajuda do filho para contar a história e relembrar as datas mais importantes da sua vida. Casado há 42 anos com Dulce Silva Leite, de 62 anos, ele tem quatro filhos e oito netos. Segundo ele, a esposa é mulher dedicada, amável, boa mãe e esposa com quem compartilha bons momentos de sua vida.
Parte da família do militar. Ao fundo, presente de
aniversário que recebeu de militares
(Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Dulce conta que seu marido só usava os uniformes de militar, mas que aos poucos conseguiu fazer com que ele começasse a vestir roupas civis. “Eu estava cansada de ver ele sempre com roupas do Exército. Aos poucos fui comprando, ele não usava, mas fui pedindo com jeitinho e ele começou a usar”, relata Dulce.
Sargento Áureo conta que por ele só usaria o uniforme que é quase uma segunda pele. “Ela não gosta que eu ande vestido sempre de militar, ela compra roupas pra eu andar vestido de civil. Mas por mim eu andava sempre assim, elegante”, conta o sargento.
Honrarias
Sargento Áureo tem recebido muitas honrarias. Ele diz que só tem a agradecer aos generais e comandantes. "No meu aniversário em 2011, o comandante Poti, da 17ª Brigada, me fez uma surpresa. Trouxe a banda dos soldados, o bufê e mais vários amigos do Exército para me homenagear. Chorei de emoção", lembra.
A homenagem foi apenas uma das lembranças que o militar contou. Áureo Júnior relata todo orgulhoso que o pai recebeu cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras curiosos em aprender as regras de apresentação a superiores no Exército. Dentre outras honrarias, é o único que recebe as esposas dos generais. Para qualquer operação oficial que inclua o ministro do Ministério da Defesa, generais de outras localidades Áureo é sempre convidado a participar.
E por sempre ser convidado pelos comandantes para participar de cerimônias, resolveu continuar na ativa. Desta forma, há 15 anos exerce a função de Comandante da Limpeza e Jardinagem, Orientador e Incentivador dos Soldados no Hospital de Guarnição (HGu) do Exército.
O sargento se emociona ao dizer que quando criança se encantava com os desfiles dos militares em comemoração ao Dia da Independência do Brasil. “Quando tocava o Hino Nacional eu sentia aquela emoção no coração que chegava a derramar lágrimas”, relembra.
O militar mostra algumas peças do seu
minimuseu (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Presentes
Em sua casa, há um minimuseu montado com coisas que ele ganhou de colegas das forças armadas. “Tem coisas aqui que só eu tenho ninguém mais. Quando eu estava saindo do 5º BEC, eu queria guardar lembranças do tempo em que trabalhei lá, por isso resolvi montar este espaço”.
No minimusei tem medalhas, capacetes, cadeiras, cacetetes, bandeiras, quadros, fotografias, pratos, cantis, facas e facões, uma espada e uma granada. "Só não pode deixar cair esta granada ou nós explodimos também", avisa Áureo. Mas seu filho avisa que é apenas uma brincadeira dele. "A granada é uma réplica que ele ganhou de um amigo militar. Ele gosta de fazer esse tipo de brincadeira. Muitas pessoas pensam que tem armadilhas de guerra aqui em casa", explica sorrindo Áureo Júnior.
O militar aposentou-se com a patente de sargento porque estudou somente até a 4ª série do ensino fundamental. Ele conta que resolveu ser um homem de ação do Exército. Participou da abertura da BR-364 e BR-319. Trabalhou na segurança do ex-governador Jorge Teixeira e trabalhou com o primeiro comandante do 5º BEC, coronel Carlos Aloysio Weber. "Conheci muita gente, me apresentei a muitos generais e deles sempre ganhei algumas lembranças que tenho guardadas até hoje", lembra.
Incentivador
Herides Leite, neto de 14 anos, pretende seguir os passos do avó. “Ah, desde pequeno que ele me acompanhava nas formaturas, hoje ele já está pensando em seguir a carreira militar”, lembra o avô. Herides diz que sempre se envaideceu do jeito do avô. “Eu o admiro e quero fazer um pouco do que ele faz”.
Seu filho, Áureo Júnior, com quem mora, diz que sente muito orgulho do pai. “Ele é correto e isso sempre foi fonte de inspiração pra mim. Ele não cobra, mas evito fazer coisas que possam causar constrangimentos para ele”, destaca o filho.
Nas comemorações do Sete de Setembro, o sargento Áureo Soares Leite irá desfilar com o símbolo da Guarnição, mostrando porque pode ser Duque de Caxias rondoniense. "Eu amo minha pátria, a bandeira do meu país", finaliza o patriota
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