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A Índia deverá adquirir 144 unidades a um custo total de US$ 30 bilhões, dos quais o país já está comprometendo US$ 6 bilhões no desenvolvimento
Segundo notícia veiculada pela RIA Novosti nesta quarta-feira, 10 de outubro, o ministro da Defesa da Rússia Anatoly Serdyukov está em visita à Índia, onde afirmou que os indianos deverão começar a produzir a variante de exportação do caça furtivo T-50 da Sukhoi (PAK-FA) a partir de 2020.Serdyukov disse que “as características técnicas foram confirmadas por nossos Ministérios da Defesa (da Rússia e da Índia). Nós propomos que a produção em série da aeronave deveria começar em 2020.” O T-50 é o protótipo de um caça furtivo multitarefa, que atualmente está sendo testado em voo pela Força Aérea Russa. O jato deverá apresentar, como características de destaque, um radar AESA (varredura eletrônica ativa) capacidade de supercruzeiro (voo supersônico sem uso de pós-combustores), alta manobrabilidade e baixas assinaturas ao radar e ao infravermelho. A Sukhoi alega que terá melhor desempenho do que o F-22 norte-americano atualmente em serviço.
A Rússia também espera assinar com a Índia, até o final do ano, um contrato referente a 42 caças Sukhoi Su-30MKI adicionais para os indianos, com características aprimoradas em relação às 130 unidades que operam atualmente no país, segundo Serdyukov.
Total reduzido de 200 para 144 caças, todos monopostos
Segundo notícia divulgada pelo MSN India, o comandante da Força Aérea Indiana (IAF), marechal do ar NAK Browne, revelou em entrevista à revista India Strategic defence que todos os novos caças furtivos da versão indiana serão monopostos, tais quais os modelos destinados à Rússia. Alguns componentes, porém, serão diferentes, como vem sendo o caso dos Sukhoi SU-30MKIs indianos.
Conforme a notícia divulgada pela India Strategic defence, foi revelado por Browne que a IAF decidiu que o número de caças de quinta geração (Fifth Generation Fighter Aircraft – FGFAs) será de 144, uma redução em relação à estimativa anterior de 200 aeronaves. O comandante da IAF disse que, para reduzir custos de desenvolvimento, os planos são para entrada em serviço a partir de 2020 (nota do editor: já o ministro da Defesa da Rússia falou em produção a partir de 2020).
O contrato de Pesquisa e Desenvolvimento, atualmente em discussão, deverá explicitar a entrega de um primeiro protótipo à Índia em 2014, seguido por mais dois, em 2017 e 2019. A produção em série, segundo Browne, “será ordenada e baseada somente na configuração e desempenho do terceiro protótipo.”
A nova designação do caça pela Rússia é PMF, ou “Perspective Multirole Fighter”, e Browne disse que os aviões destinados à Força Aérea Indiana serão fabricados na Índia. As discussões com o Governo Russo já estão em andamento, conforme acordo assinado em dezembro de 2011 e que criou uma parceria 50/50.
De acordo com fontes da estatal HAL (Hindustan Aircraft Limited), os custos totais para a Índia (incluindo 6 bilhões de dólares de desenvolvimento) chegarão a 30 bilhões de dólares.
Em 2027, a IAF deverá atingir os 42 esquadrões de aviões de combate autorizados
Sobre o reequipamento da IAF, Browne disse que a quantidade autorizada de 42 esquadrões de combate deverá ser atingida por volta de 2027. Antes disso, daqui a aproximadamente 10 anos, 75% da modernização da IAF deverá estar completa, segundo o comandante.
Atualmente, a Força Aérea Indiana tem 34 esquadrões, graças às crescentes entregas de Su-30 MKI, construídos na Índia. Já são 10 esquadrões equipados com esses caças, e mais seis serão acrescentados nos próximos anos. Geralmente, um esquadrão tem a dotação de 18 aeronaves, dois deles destinados a treinamento.
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