Embora persistam dúvidas sobre a efetiva capacidade tecnológica do caça russo Sukhoi T-50, vários setores na India avançam que existe uma intenção por parte do governo do país em adquirir um considerável número de aeronaves do tipo, ainda que adaptadas para a realidade indiana.
Desde há algum tempo que os dois países assinaram protocolos com vista ao desenvolvimento de versões específicas do caça russo, ainda que aparentemente as características deste, difiram em vários pontos das características e especificações do modelo russo.
Em Agosto de 2012, foi divulgado um plano que prevê a venda de 200 exemplares da aeronave para a força aérea indiana, embora não se saiba exatamente que sistemas eletrónicos, que motores ou que radares poderão equipar os caças indianos.
Sabe-se que o projeto russo continua em desenvolvimento, mas os testes realizados pelos técnicos russos têm-se restringido ao teste de equipamentos e sistemas já testados nos modelos Su-30 e Su-35, da família «Flanker».
O motor que deverá equipar a versão de produção do T-50 não está desenvolvido e nem sequer tem nome. O sofisticado radar prometido pela industria russa, aparentemente sofre problemas com o desenvolvimento de sistemas críticos, como o processador digital de sinais.
Os atrasos, poderão em grande medida ser responsabilidade dos problemas industriais da Rússia, os quais poderão beneficiar muito com a injeção de dinheiro que os russos precisam para continuar a desenvolver o programa do T-50 para a sua fase II.
175.000.000 de dólares por avião na primeira fase
Para lá das dúvidas relativamente ao desenvolvimento do T-50, saltaram especialmente à vista os custos iniciais previstos para o programa da versão indiana. Com um custo estimado em 35 000 milhões de dolares, o Sukhoi T-50 da India teria um preço mínimo de 175 milhões de dólares por cada unidade.
Vários analistas afirmam que com os custos adicionais e de operação, o custo real de cada T-50 atingiria até 300 milhões de dólares americanos por unidade.
Sukhoi T-50 não pode ter versão bi-lugar
Mais inesperado ainda foi o anuncio de que a India tinha passado apenas a considerar a versão monolugar, tendo abandonado o plano de adquirir o caça da Sukhoi numa versão bi-lugar.
Aliás, em 2011 tinha sido anunciado que a India deveria adquirir 148 exemplares bi-lugar e 66 exemplares monolugar.
A estranha opção, que implica modificações extremas na doutrina de utilização do aparelho, foi avançada pela imprensa indiana em Agosto de 2012.
Segundo fontes indianas adiantaram, os técnicos concluíram que o Sukhoi T-50 dificilmente poderia dispor de uma versão bi-lugar, sem aumentar drasticamente a assinatura-radar da aeronave a um ponto inaceitável, ao mesmo tempo que aumentaria o peso, comprometendo a autonomia operacional do avião.
Neste caso, a força aérea indiana continuará a utilizar caças bi-lugar da família Su-27, como o Su.30MKi que já está ao serviço.
A fase de desenvolvimento da versão indiana deverá decorrer até 2019, com as primeiras unidades a ficarem operacionais apenas a partir de 2022 (dentro de dez anos).
O processo que aparenta ser muito longo, leva no entanto os observadores a acreditar que o T-50 indiano, deverá ser mais sofisticado que a versão russa, o que aliás já acontece com o caça Su-30MKi, que é em muitos aspectos mais sofisticado que os seus equivalentes russos.
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