sábado, 1 de setembro de 2012

Chanceler venezuelano convida Países Não-Alinhados para cúpula


Chanceler venezuelano Nicolás Maduro. - Foto: EFE
O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou nesta sexta-feira, em Teerã, os membros do Movimento dos Países Não-Alinhados (MPNA) para a cúpula que a organização deve realizar dentro de três anos em seu país.

Além disso, deu como certa a vitória do atual presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nas eleições de 7 de outubro. "Os esperamos em 2015, na Venezuela, para a cúpula que será presidida por Hugo Chávez", disse em seu discurso na sessão de fechamento da 16ª Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados.

"A Venezuela se compromete a realizar todos os esforços para que o MPNA siga mostrando o grande papel que tem no mundo", disse Maduro em relação à próxima cúpula, na qual Caracas deverá assumir a presidência da organização, que reúne 120 países em desenvolvimento.

Em seu discurso, Maduro demonstrou o apoio da Venezuela ao regime sírio do presidente Bashar Al Assad, uma questão central na Cúpula de Teerã, na qual o Irã, aliado do governo de Damasco, tentou promover um plano de paz.


No entanto, na questão da Síria, o Irã e a Venezuela foram obrigados a ouvir posturas opostas de países do MPNA, como da Arábia Saudita e do Catar, e principalmente do presidente egípcio, Mohammed Mursi, que encorajou a oposição a derrotar o regime e disse que Assad carece de legitimidade.

Maduro também apoiou o movimento palestino e o direito dos palestinos a ter "um país independente com fronteiras seguras" e qualificou de "inaceitável" a atuação de Israel no Oriente Médio. Além disso, afirmou que os Estados Unidos praticam "agressões" na América do Sul e Central.

Em relação à reforma das Nações Unidas, o chanceler insistiu que o poder da organização deve recair na Assembleia Geral, com uma estrutura multipolar, e que a escolha do secretário-geral do organismo deve ser feita por todos os Estados-membros.

A Cúpula dos Países Não-Alinhados será concluída nesta sexta-feira, em Teerã, com um discurso do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e a aprovação do Documento e Declaração finais da reunião.

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