A história do Mig-29 tem seu início na década de 70 quando os Norte Americanos já estavam trabalhando com caças de quarta geração, o que resultou na aeronave McDonnell Douglas F-15. Os soviéticos precisavam também criar um caça de quarta geração e foi dessa necessidade que surgiu o Mig-29, que ofereceu um grande poder de manobras impressionando até seus rivais.
Desde a Segunda Guerra Mundial a empresa soviética Mikoyan-i-Gurevich trabalhava com desenhos de aeronaves, mas esta empresa de projetos aeronáuticos só alcançou fama nos tempos de aviões a jato, foi na década de 50 que eles se destacaram com equipamentos como o Mig-15 que foi pioneiro na Guerra da Coréia e na década seguinte com os Mig-17 e Mig-21 combatendo seus inimigos no teatro de operações da Guerra do Vietnã.
Na década de 70 com a necessidade de uma resposta soviética à quarta geração de caças Norte Americanos, foi especificada a necessidade de um caça ágil de longo alcance que pudesse voar 2x a velocidade do som (Mach 2 = 2.342Km/h) e tivesse capacidade de pousar em pistar curtas e/ou acidentadas além de levar armamento pesado. Esse briefing deu origem a aeronave Sukhoi Su-27, mas que tinha o problema de ser muito caro.
Os soviéticos fizeram uma nova encomenda, desta vez de um caça que fosse mais leve e mais barato, a resposta a essa encomenda veio em 6 de outubro de 1977 com o Mig-29 fazendo seu primeiro vôo de teste. O nome Fulcrum na verdade foi o nome dado pela OTAN ao Mig-29, somente um mês após o Mig-29 estar operando é que os satélites Norte Americanos conseguiram rastreá-lo.
Apesar de seu primeiro vôo de teste em 77, foi só em 83 que ele entrou efetivamente em serviço, assim substituindo os Mig-23 que estavam em serviço desde 13 anos antes. O Mig-29 tinha como missão a linha de frente abrindo caminho para as tropas do Exército Vermelho.
Com capacidade de voar a mais de 2.500km/h graças a duas turbinas Klimov RD33 de 8.300Kg de empuxo, consegui alcançar um teto operacional de 17mil metros, assim fazendo frente ao seu rival, o Lockheed F-16. Além disso o Mig-29 tinha um raio de ação de 1.500Km devido aos seus seis tanques de combustível e a possibilidade de carregar mais combustível extra. O maior inconveniente era a precisão do seu sistema de armamento que não era preciso, mesmo com um canhão de 30mm e mísseis ar-ar era difícil reagir quando o inimigo estava a longas distâncias, porém com o passar do tempo esse sistema de armas foi aprimorado.
Depois dos soviéticos, outros países do bloco socialista implantaram o Mig-29 em suas forças, anos mais tarde a OTAN pode finalmente examinar a aeronave e foi constatado que o Mig-29 era superior ao F-15 devido ao seu alto poder de manobra e graças ao sistema de pontaria montado no capacete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário