quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Bairros rebeldes da cidade síria de Aleppo são alvo de bombardeios.

Novo emissário de paz da ONU tenta, no Egito, negociar fim da crise.
Enviada Angelina Jolie visitou campo de refugiados sírios na Jordânia.

                     Soldado rebelde patrulha rua da cidade síria de Aleppo nesta terça-feira (11) (Foto: AFP)

Os bairros rebeldes de Aleppo, a grande cidade do norte da Síria, palco de uma batalha crucial entre insurgentes e forças governamentais, foram alvos de intensos bombardeios no início da manhã desta terça-feira (11).

Enquanto o conflito entra em seu 19º mês, sem que uma solução pareça ser possível, o novo emissário da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, participa de reuniões na capital egípcia.

Durante o dia, ele deve se reunir "líderes da oposição síria, além de militantes e intelectuais sírios", declarou à AFP seu porta-voz Ahmad Fawzi. Ele se reuniu com alguns na segunda-feira. Sobre sua visita à Síria, "ela deve acontecer nos próximos dias", acrescentou.

Brahimi assumiu o cargo no dia 1º de setembro, após a renúncia de Kofi Annan, em razão da falta de apoio da comunidade internacional.



Em Aleppo, o Observatório Sírios dos Direitos Humanos (OSDH), que se baseia em uma rede de militantes e testemunhas, relatou o bombardeio durante toda a madrugada dos bairros rebeldes de Hanano, Chaar, Karm al-Mayssar e Haydriyé, no leste da cidade.

"Os rebeldes tentam entrar há três dias em Midane (centro). Ontem às 22h (16h no horário de Brasília), o Exército realizou uma operação e os afastou para o norte, na direção de Boustane al-Bacha", afirmou um habitante à AFP.

Mas "a cidade está estranhamente calma neste momento", ressaltou nesta terça-feira.

Em Aleppo, segunda maior cidade da Síria, com 2,5 milhões de habitantes, o abastecimento de água potável foi retomado, após a reparação da tubulação principal que foi destruída no fim de semana.

Contudo, a falta de água continua no noroeste da cidade, principalmente em Boustane al-Bacha, um bairro controlado pelos rebeldes.

Em todo o país, no dia seguinte à morte de 139 pessoas em meio à violência, foram relatados combates em Damasco e nas províncias de Deir Ezzor (leste) e Idleb (noroeste).

O conflito, iniciado em março de 2011 por um movimento de contestação pacífica que se militarizou com a repressão do regime, causou a morte de mais de 27 mil pessoas e obrigou milhares a fugir.

Fonte: G1

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