Um caça da Força Aérea Brasileira interceptou um monomotor Cessna 210, matrícula PR-WRV, que decolou de Campo Grande (MS) sem plano de voo na manhã deste domingo (22/10 - sic) . A aeronave seguia em direção ao noroeste de Mato Grosso do Sul e, após a interceptação, voltou para o aeroporto municipal de Santa Maria, em Campo Grande, de onde havia decolado.
No local, equipes de terra da FAB, Polícia Federal e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) constataram que o piloto não tinha habilitação para voar. O homem foi detido pela Polícia Federal e liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Já a ANAC interditou a aeronave para voos.
“O piloto colocou em risco a vida de pessoas ao sobrevoar a cidade sem habilitação, poderia ter acontecido um acidente”, afirmou o Brigadeiro Maximo Ballatore, que Comanda as ações da Força Aérea Brasileira na Operação Ágata 6. O caça A-29 Super Tucano acompanhou o Cessna por aproximadamente 40 minutos, entre 8h50 e 9h30 da manhã. O voo irregular chegou a passar sobre o Aeroporto Internacional de Campo Grande, sem qualquer comunicação, mas não houve impactos para a aviação comercial.
Interceptação e medidas em solo
Logo após decolar, o voo irregular foi detectado por um radar do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) instalado em Jaraguari (MS). O Cessna 210 estava a aproximadamente 100 km de Campo Grande, seguindo no sentido noroeste, direção que leva à cidade de Corumbá (MS) ou à Bolívia. Às 8h50, o caça da FAB se aproximou por trás da aeronave, fez fotos e vídeos, e confirmou sua matrícula e rota.
O segundo passo do A-29 Super Tucano foi se posicionar ao lado esquerdo do avião interceptado. O caça balançou as asas, e o piloto do Cessna 210 repetiu o sinal, mas não respondeu às chamadas por rádio. Um cartaz no avião da FAB também indicava a frequência para contato.
Logo em seguida, o Cessna fez uma curva de 180° e retornou para o aeroporto de origem, sobrevoando Campo Grande. O A-29 se manteve próximo e, constatada que a intenção do piloto do voo irregular parecia ser voltar para o aeroporto de origem, a Força Aérea acionou a equipe de solo, a ANAC e a Polícia Federal.
Um avião C-98 Caravan da FAB decolou da Base Aérea de Campo Grande com inspetores da ANAC e uma equipe de militares da FAB, responsáveis pela segurança do local. Trinta minutos depois, um helicóptero H-1H seguiu com representantes da Polícia Federal.
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