O Exército libanês disse estar disposto a restabelecer a ordem e a paz civil no país após os confrontos entre soldados e homens armados em Beirute, onde a tensão atingiu o seu auge com a morte na sexta-feira de um oficial de alta patente dos serviços de segurança.
"Estamos determinados a reprimir qualquer violação da segurança e preservar a paz civil", afirmou o comando do Exército em um comunicado. "Os acontecimentos das últimas horas mostram, sem sombra de dúvida, que a nação passa por momentos críticos e que a tensão atingiu níveis sem precedentes em algumas regiões", acrescentou.
"A segurança é uma linha vermelha, junto com as instituições oficiais e os interesses públicos e privados", alertou o Exército, que convocou "todos os cidadãos, independentemente da sua filiação política, a agir com responsabilidade neste momento difícil", e pediu aos manifestantes e homens armados que "saiam das ruas" e "liberem as estradas" bloqueadas por pneus queimados.
"O Exército vai tomar medidas firmes, principalmente em regiões assoladas por conflitos sectários, para impedir que o Líbano se torne um novo campo de batalha para resolver disputas regionais e que o assassinato do general Wissam al-Hassan não seja utilizado para assassinar a nação", advertiu.
O general libanês, que liderava a inteligência da polícia libanesa, foi morto na sexta-feira em um ataque com carro-bomba no leste de Beirute, atribuído pela oposição ao regime sírio de Bashar al-Assad. Este oficial esteve envolvido na prisão, em agosto, do ex-deputado libanês Michel Samaha, defensor incondicional do regime de Assad, acusado de transportar explosivos para ataques no Líbano a mando do poderoso chefe da inteligência síria, Ali Mamlouk.
Depois do seu funeral no domingo, alguns manifestantes atacaram a sede do governo de Najib Mikati, que tem sua renúncia exigida pela oposição libanesa hostil ao regime na Síria, antiga potência colonial no Líbano.
Fouad Siniora, chefe do bloco parlamentar de oposição, pediu que Mikati deixasse o governo, no qual o partido xiita Hezbollah, poderoso aliado de Assad, ocupa uma lugar de destaque. "Pedimos a todas as forças políticas cautela ao expressar seus pontos de vista e ideias (...) porque é o destino do país que está em jogo", disse o Comando do Exército em um comunicado.
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