sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ásia à beira de nova crise de mísseis.

                       


A Coreia do Norte advertiu seus potenciais inimigos de que, em caso de agressão, eles não poderão escapar a seus mísseis estratégicos. Tendo em conta o seu alcance, poderão ser atingidas estão não apenas a Coreia do Sul e as bases militares americanas instaladas neste país, mas também o Japão e até mesmo os Estados Unidos.


Foi assim que Pyongyang reagiu à declaração de Seul sobre sua intenção de desenvolver e colocar em serviço de combate mísseis balísticos com um alcance de até 800 quilômetros. Eles serão capazes de alcançar qualquer ponto da Coreia do Norte, diz o perito do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia Alexander Vorontsov:

“Este é um passo concreto para aumentar a capacidade ofensiva da República da Coreia que, claro, causa a preocupação de Pyongyang. Ele já tem apontado para o aumento da intensidade de exercícios militares da Coreia do Sul e dos Estados Unidos perto de suas fronteiras, qualificando-as como preparação para guerra. A reação da Coreia do Norte é bastante adequada. Infelizmente, a base para tal reação existe.”

Demonstrando que os mísseis da Coreia do Norte não são um truque de propaganda, o representante militar norte-coreano até disse onde eles estão localizados – na região de Kangdong, próximo de Pyongyang. Lá se encontra um quartel-general estratégico de mísseis, onde o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un esteve de visita em 3 de março.

Pyongyang divulgou pela primeira vez tais informações sobre sua capacidade militar, deixando assim inequivocavelmente claro que considera o novo acordo de mísseis entre os EUA e a Coreia do Sul como uma preparação para a guerra. Anteriormente, no âmbito do acordo entre os EUA e a Coreia do Sul, o alcance de mísseis da sul-coreanos era limitado a 300 km. A revisão deste acordo desestabiliza a região, acredita Alexander Vorontsov:

“Não é por acaso que os EUA durante muito tempo não concordavam com as solicitações urgentes de seus aliados sul-coreanos. Seul queria obter permissão para ter mísseis com um alcance de até 800 quilômetros. Washington sempre esteve bem ciente que uma tal reação da Coreia do Norte era inevitável.”

Washington fez um acordo com Seul apesar da violação do regime internacional de limitação de tecnologia de mísseis. Ele foi adotado por 34 países que se comprometeram a limitar em 300 quilômetros o alcance dos mísseis. Ao provocar uma nova corrida de mísseis na península coreana, os EUA estão claramente fazendo seu próprio jogo. Permitindo a Seul de aumentar o alcance de seus mísseis, os EUA assim fizeram outro movimento contra a China. Porque os novos mísseis da Coreia do Sul são capazes de atingir até mesmo as regiões centrais da China.

Os EUA também deram a entender que pretendem fornecer ao sistema de defesa antimíssil sul-coreano informações obtidas por satélites e drones norte-americanos. Este é mais um passo para a formação pelos EUA de um sistema de defesa antimísseis no Oriente. A ameaça de mísseis norte-coreanos é apenas uma desculpa para a sua criação. Em primeiro lugar, ele tem como objetivo conter a capacidade de mísseis da China.

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