quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estados Unidos desenvolvem drone caçador de submarinos.



A guerra anti-submarinos sempre foi realizada por capitães atentos que procuravam seus alvos nos mares antes de lançarem contramedidas como cargas de profundidade ou torpedos para abater os inimigos submersos. O trabalho requer habildade e experiência, assim como o que há de mais avançado em sonares e radares. Mas agora o Pentágono pretende desenvolver drones caçadores de submarinos capazes de perseguir o alvo por mais de dois meses.

Em vez de ser lançado ao mar, como os os veículos não-tripulados menores em operação atualmente, o “Veículo Autônomo de Trajetória Contínua” deixará seu ancoradouro, realizará patrulhas ao longo da costa, e então perseguirá submarinos inimigos até que deixem a área. O único envolvimento humano na operação é manobrar o drone em baías movimentadas.

O veículo não terá armamentos, nem evitará ser detectado pelo inimigo. “O desafio é criar e planejar um sistema que seja capaz de rastrear os submarinos e, ao mesmo tempo, evite o tráfego de superfície”, explica John Dolan, principal desenvolvedor de sistemas na National Robotics Engineering Center da Carnegie Mellon University (CMU). A instituição está trabalhando em conjunto com a empresa Science Applications International Corporation (SAIC), dentro de um contrato no valor de 58 milhões de dólares com duração de três anos.

Dolan comenta que a universidade pretende construir algo novo, um veículo “que não desista” independente das intempéries no mar, ou de como o alvo se comporte. “Esse robô estará [no mar] por conta própria durante muito tempo sem intervenção humana. Mesmo que ocorram imprevistos”, explica Dolan.

Expecificações como comprimento, peso e propulsão ainda são desconhecidas. Pesquisadores da CMU estão trabalhando atualmente na autonomia e nos sistemas de controle do drone, enqunto a SAIC constrói a plataforma. O veículo precisa ser capaz de navegar pelo oceano enquanto persegue submarinos, e também enviar dados atuaçlizados aos operadores e comandantes.

De acordo com o Capitão-de-Mar-e-Guerra Bill Sommer, encarregado do do programa de guerra anti-submarina da Naval Postgraduate School, no estado da California, o raciocínio por trás desse tipo de embarcação é simples: dinheiro. “Construir um navio de guerra é um dos empreendimentos mais caros que existem”, afirma. Sommer também aponta que o tamanho da frota está diminuindo com o tempo, e cada navio precisa desempenhar mais tarefas no mar. “É por isso que precisamos de autonomia. Precisamos de mais dados para cobrir a área de forma confiável”, explica.

Segundo informações da Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) – agência militar responsável por pesquisas em áreas estratégicas – uma vez em operação, o drone caçador de submarinos será capaz de operar por até 80 dias e percorrer 6.200 quilômetros sem reabastecimento.

FONTE: Discovery News (Tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)


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